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História

Sede do município de mesmo nome, Jaguari é também conhecida como “Terra das Belezas Naturais” e se encontra a 118m a.n.m, no centro-oeste do Rio Grande do Sul, tendo como referências geográficas as coordenadas de 29° 29’ 55,28”S e 54° 41’ 26,56”O, tomadas em frente à Igreja Matriz. Com área de 673,410 km² e situado, inteiramente, no grande bacia do rio Uruguai, o município se estende ao longo do curso médio e inferior do rio Jaguari, afluente da margem direita do rio Ibicuí.

Como na maior parte do Rio Grande do Sul, o município tem clima Subtropical Úmido (Cfa, segundo Köppen-Geiger), visto que, por médias históricas, a temperatura do mês mais quente é superior a 22° C e a precipitação pluviométrica ultrapassa 30mm no mês mais seco. A topografia movimentada, composta de cerros, chapadões e vales, explica o recobrimento de grande parte de seu território por uma Floresta Estacional Decidual ao início da colonização, compondo uma faixa de 20 a 30 km de largura, entre os campos da Depressão Periférica, dominantes no município de São Vicente do Sul, e os do Planalto das Missões, no município de Santiago. Foi, justamente, a disponibilidade destas terras devolutas (matas ou florestas nativas), o motivo que levou à implantação de um núcleo da Quarta Colônia Imperial (Silveira Martins) na região, origem da posterior Colônia Jaguari, bem como da cidade e município de mesmo nome. Os solos são mais férteis em área de rochas eruptivas (basalto); na maior parte do município, entretanto, predominam rochas areníticas, geradoras de solos mais pobres em nutrientes.

Antes da chegada do “homem branco” ao Rio Grande do Sul e da colonização, a região de Jaguari era habitada por índios de língua guarani.

Situada nos fundos dos então municípios de Santiago do Boqueirão, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul e Julio de Castilhos, Jaguari resultou de um projeto de colonização iniciado em agosto de 1886, quando José Manoel de Siqueira Couto, face ao esgotamento de lotes disponíveis nos arredores de Silveira Martins, comprovou a disponibilidade de uma vasta área florestal na “região do Jaguari”. Resta lembrar que, por lei, esta colonização já estava prevista desde 1871 para ser implantada no “Rincão de São Miguel mirim”, do então distrito de São Vicente e município de São Gabriel.

O “marco fundacional” de Jaguari deu-se em 14-8-1888, dia da concessão dos primeiros lotes agrícolas, segundo o “Registro de Imigrantes da Colônia Jaguari” e o “Registro de Colonos Imigrantes 1888-1906”, conservados no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. Deflagrado o processo, os imigrantes chegaram em levas sucessivas até a extinção da Colônia, ocasião em que seus núcleos foram integrados aos municípios de São Vicente, Santiago e São Francisco de Assis. O Códice SA 290, fonte primária indispensável à “Gênese da Colônia Jaguari”, registra a entrada de 8.651 imigrantes entre 1888 e 1906, compondo três períodos distintos: o inicial, que se estende de 14-8-1888 a 12-8-1890 e inclui 1.054 imigrantes, principalmente italianos; o segundo, que vai até fins de 1893 e se distingue por expressivo contingente (4.865 imigrantes) de italianos, poloneses, alemães e austríacos; e o período final (de 1894 a 1906), caracterizado por afluxo mais reduzido, mas de etnias igualmente variadas. Ao longo de sua existência, a colonização foi encabeçada por José Manoel da Siqueira Couto e, após a Proclamação da República, por Severiano de Souza e Almeida. Com a extinção da Colônia, a “Sede” acabou reduzida a terceiro distrito do município de São Vicente.

A emancipação de Jaguari deu-se, apenas, em 16-08-1920, pelo Decreto n.º 2.267, assinado pelo governador Borges de Medeiros e por Protásio Alves (Secretário do Interior), mediante desmembramentos dos municípios de São Vicente, São Francisco de Assis, Santiago e Júlio de Castilhos. O primeiro intendente (provisório) foi Miguel Chmielewski, nomeado pelo Decreto n.º 2.631, de 19-08-1920, e que também venceu o primeiro pleito (25-09-1920), tendo Cloraldino Teixeira como vice. Em 2020, ano que Jaguari festeja o primeiro centenário da emancipação do município, o prefeito é Roberto Carlos Boff Turchiello e o vice prefeito é Lucas Denardi Cattelan.

Distante 400 km da capital do Estado e 105 km a Oeste de Santa Maria, Jaguari contava 11.473 habitantes no censo de 2010. No tocante a aspectos econômicos, o PIB per capita era de R$ 19.153,55 (2015) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) correspondia a 0,712 no ano de 2010, índices comuns em municípios do Rio Grande do Sul de base agropecuária e escasso desenvolvimento industrial.

Na produção primária, salientam-se os cultivos de arroz, soja, milho, fumo, cana-de-açúcar e uva, além da criação de gado e apicultura. A cachaça e o vinho branco (Goethe) de Jaguari são bem conhecidos em todo o estado. No apoio aos produtores, destacam-se a Cooperativa Agrícola Jaguari Ltda. e a Cooperativa Agrária São José Ltda., ambas com sede na área urbana.

Texto de José Newton Cardoso Marchiori.

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